quarta-feira, 14 de março de 2012
O dia abriu seu pára-sol bordado
O dia abriu seu pára-sol bordado
de nuvens e de verde ramaria.
E estava até um fumo, que subia,
mi-nu-ci-o-sa-men-te desenhado.
-
Depois surgiu, no céu arqueado,
a Lua – a Lua! – em pleno meio-dia.
Na rua, um menininho que seguia
parou, ficou a olhá-lo admirado…
-
Pus meus sapatos na janela alta,
sobre o rebordo… Céu é que lhes falta
pra suportarem a existência rude!
-
E eles sonham, imóveis, deslumbrados,
que são dois velhos barcos, encalhados
sobre a margem tranquila de um açude…
Mario Quintana
...............
Assinar:
Postar comentários (Atom)
É sempre bom demais ler um poema de Mário Quintana! e esse traz muita luz numa lua que vem surgindo assim deixando rastros de sonhos.
ResponderExcluirLindo Estela.
seu nome também é estelar, sempre brilhante rs
um abraço grande
Estela ... Muito lindo Poema ...
ResponderExcluirBeijooooooooo