sexta-feira, 15 de julho de 2011
POEMA TRANSITÓRIO
Eu que nasci na Era da Fumaça: - trenzinho
vagaroso com vagarosas
paradas
em cada estaçãozinha pobre
para comprar
pastéis
pés de moleque
sonhos
- principalmente sonhos!
porque as moças da cidade vinham olhar o trem passar:
elas suspirando maravilhosas viagens
e a gente com um desejo súbito de ali ficar morando
sempre... nisto,
o apito da locomotiva
e o trem se afastando
e o trem arquejando
é preciso partir
é preciso chegar
é preciso partir é preciso chegar... Ah, como essa vida é urgente!
... no entanto
eu gostava era mesmo de partir...
e – até hoje – quando embarco
para alguma parte
acomodo-me no meu lugar
fecho os olhos e sonho:
viajar, viajar
mas para parte nenhuma...
viajar indefinidamente...
como uma nave espacial perdida entre as estrelas.
Mario Quintana
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Que lindinho... Adorei a imagem tb...
ResponderExcluirBeijoooooo
Estela,
ResponderExcluirÉ um prazer receber a sua visita no meu blog.
Amanhã tem mais Quintana.
Um ótimo domingo para você também!
Beijos!
Quintana é sempre magnífico!
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