terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Identidade
Em 1986, ano dos seus 80 anos, ele caminhava bastante, por recomendação médica. Andava pela André da Rocha, a rua do hotel Porto Alegre Residence, onde vivia, e pelas imediações. Nessas caminhadas simpatizou com uma arvorezinha plantada na calçada. Frágil e sem proteção, logo seria quebrada. Achou que alguém precisava cuidar da árvore e tanto fez que sua sobrinha Elena resolveu ligar para a Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
Informado sobre o autor do pedido, o secretário determinou que providenciassem uma grade e aproveitou para promover uma cerimônia de inauguração, tendo o Quintana como padrinho da árvore. Durante a solenidade, um repórter de TV quis testar os conhecimentos de botânica do poeta:
- Qual é o nome dessa árvore?
- Eu não sei. Mas ela também não sabe o meu...
Dias depois Quintana deu um nome à afilhada: Gabriela.
Do livro: Ora Bolas - O Humor Cotidiano de Mario Quintana - Juarez Fonseca - Artes e Ofícios
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Ora, veja... Então o anjo poeta tb sabia de humor natural e encantador.
ResponderExcluirAdorei os dois "flagrantes da vida real"! E o livro (Ora Bolas...) tornou-se o meu mais novo sonho de consumo.
Bjs!
O olhar de Quintana sobre a fragilidade da pequena árvore, reconheci-o em mim também.
ResponderExcluirUma curiosidade: o desenho da arvorezinha delicada seria teu, Estela?
Estela ! Ele suas grandes respostas rs... Genial.
ResponderExcluirBeijooooooo
Oi Telma,
ResponderExcluirO desenho não é meu, encontrei-o na internet, não sei de quem é. Achei linda a arvorezinha.
Bjs.
Quanta generosidade do poeta! Por que será que sempre tem alguém querendo aparecer quando uma grande figura como o Quintana, por exemplo, realiza algo tão doce como proteger a delicada árvore? Felizmente, só o poeta passou à história.
ResponderExcluirQue seu final de ano seja de muita paz e que o ano novo lhe traga tudo de melhor!